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Conheça os 7 tipos de descanso para desacelerar

09/10/23
Conheça os 7 tipos de descanso para desacelerar

“Eu me recarrego quando vou para uma festa. Tem gente que acha que quando eu quero relaxar eu vou para um spa, fazer massagem. Bem, eu adoro isso também, mas quando quero relaxar mesmo, vou para uma pista dançar. Não consigo só trabalhar muito e não sentir que estou me divertindo.”

A frase, dita pela fundadora do Dia de Beauté (sim, a Vic!) nessa entrevista aqui sobre sua vida como CEO de uma startup de maquiagem e jornalista/blogueira/influenciadora, que atua há mais de dezoito anos no mercado de beleza, pode soar estranha: afinal, nossa ideia de relaxamento geralmente está ligada a sono e silêncio. Mas e se eu te disser que não existe apenas uma maneira de relaxar (e que talvez por isso você esteja se sentindo exausta mesmo após ter dormido oito horas seguidas)? Vem comigo que te conto mais!

Dormir e descansar não são a mesma coisa

“Sono e descanso são diferentes”, comenta a Dra. Daniela Telo, endocrinologista e especialista em Medicina do Estilo de Vida. Apesar de ter um papel reparador, o sono nem sempre é capaz de eliminar o cansaço, que é um tipo de estresse para o organismo e demanda atitudes mais estratégicas para ser combatido.

Foi após sua própria experiência com a incapacidade de relaxar (mesmo após oito horas de sono) e a mesma reclamação notada em seus pacientes que a Dra. Saundra Dalton-Smith, uma psiquiatra norte-americana com mais de quinze anos de anos de pesquisa na área, lançou o livro “Sacred Rest: Recover Your Life, Renew Your Energy, Restore Your Sanity” (“Descanso Sagrado: recupere sua vida, renove sua energia e restaure sua sanidade”, ainda sem tradução para o português), publicado em 2017. Nele, ela explora os sete tipos de cansaço e como abordá-los para não se sentir esgotada o tempo todo. 

“A maior parte do nosso foco, hoje em dia, está na produtividade. É como se eu quisesse fazer mais o tempo todo. E isso nos coloca numa roda de exaustão, na qual ficamos continuamente exaustos, oprimidos. Mas o grande problema é que a maioria de nós aprendeu a ser funcional quando estamos cansados. Quando o esgotamento se torna a norma, quando nos tornamos uma sociedade esgotada, onde todos odeiam seus empregos, ninguém está feliz. E eu acho que, como cultura, você tem que decidir quais normas vão ser aceitáveis. Infelizmente aceitamos que essa se tornasse a norma aplicável. O que diminui a qualidade de nossas vidas. Portanto, quando falo sobre descanso e o poder do descanso, não é apenas para restaurar as energias, é para recuperar nossas vidas dessa cultura de esgotamento em que vivemos.”, comentou a Dra. Saundra em uma entrevista ao Estadão em novembro de 2021.

Ou seja: apesar de parecer pequeno, o ato de descansar pode ser algo revolucionário!

“Déficit de descanso”

O primeiro passo para sair dessa “rodinha de hamster” é, segundo a Dra. Saundra, identificar seu “déficit de descanso” — ou seja, perceber onde você está gastando mais sua energia para que possa, dessa forma, buscar o descanso adequado:

1 . Descanso físico

Quando pensamos em descanso, imediatamente o associamos ao ato de dormir ou cochilar, mas o descanso físico pode ser dividido em dois: o passivo, referente ao momento de sono (que deve ser de qualidade para ser considerado reparador); e o ativo, que busca relaxar o corpo após algum tipo de estresse, como exercícios extenuantes, má postura ou fadiga muscular. Sinais de que você tem um déficit de descanso físico podem ser dores pelo corpo, inchaço ou enrijecimento. Para descansar o corpo, busque atividades que estimulem a circulação e a flexibilidade, como massagem, yoga, alongamento ou dança. Além de serem um ótimo descanso para a mente também!

“Levantar cinco minutos a cada hora para alongar o corpo, buscar uma água, conversar com o colega do outro lado do escritório, andar até o restaurante a pé ou voltar para casa de bicicleta melhoram tanto os sintomas de cansaço e dores no corpo porque ajudam a manter-se em movimento. Quando falamos de atividades específicas como a prática de yoga, tai chi chuan e massagem, o benefício parece vir por ativação do sistema parassimpático, responsável pela promoção de bem-estar e relaxamento profundos. Um corpo nesse estado favorece a prática de meditação e melhora qualidade de sono e capacidade de foco e retenção de conhecimento.”, explica a Dra. Daniela.

2 . Descanso mental

E, por falar em cansaço mental, esta é exatamente uma das maiores reclamações que temos atualmente: segundo a Dra. Daniela, “a mente sob estresse contínuo e que funciona sem pausas é a grande causa de problemas como perda de atenção e memória (‘penso em tudo e não guardo nada’) e cansaço ao final do dia. Uma mente esgotada busca mais mecanismos de recompensa, como o comer ou o beber emocional, e até vícios por jogos, séries e afins.”

Para descansar, procure agendar pequenas pausas ao longo do dia para fazer exercícios de respiração ou meditação.  Caso tenha dificuldade neste tipo de atividade, pode tentar algo mais informal, como a “atenção plena”: apenas se concentrar no momento e fazer uma coisa por vez, tentando se sentir mais presente, de modo consciente e sem pressa, sem se deixar distrair. Não é fácil, mas é possível!

“Apesar de ter um papel reparador, o sono nem sempre é capaz de eliminar o cansaço”.

3 . Descanso social

Sabe aquelas pessoas que você encontra que parecem drenar toda a sua energia? E sabe como tem aquelas com quem você pode passar horas, e sempre se sente recarregada? O descanso social é sobre isso: na medida do possível, dedicar tempo às pessoas que te dão uma sensação de paz e leveza:  “A interação humana promove a liberação de neurotransmissores relacionados à felicidade, como a própria endorfina e a ocitocina, como sabemos conter no poder de um abraço bem dado. O benefício de compartilhar um propósito de vida comum com pares e familiares de diferentes faixas etárias aumenta nossa probabilidade de viver mais feliz por mais tempo, mas o simples ato de cumprimentar pessoas desconhecidas na rua já foi demonstrado como potente ação a favor de mais vida em anos”, comenta a Dra. Daniela. Ou seja: esta atitude pode aumentar sua longevidade, além de tornar a vida mais divertida, né?

Identificar este déficit é fácil: pense nas pessoas que te cercam e com quem você passa a maior parte do tempo e avalie se você fica animada para sair com elas, se gostaria de vê-las com mais frequência ou, simplesmente, se você se sente melhor ou pior depois de encontrá-las.

4 . Descanso Espiritual

Um pouco mais abstrato que outros, o cansaço espiritual geralmente é percebido quando uma pessoa acha que o que ela faz não importa, ou ela se sente muito desconectada do mundo à sua volta, “perdida” em relação aos rumos que pretende tomar. Espiritualidade e religiosidade não são a mesma coisa, embora possam estar relacionadas. O descanso espiritual pode vir através de um propósito encontrado em expressões tão particulares como trabalho voluntário, cuidados com a natureza ou serviços prestados à comunidade, por exemplo. O importante é que ela crie maneiras de retomar seu senso de pertencimento e propósito, através da religião ou não, na busca de um sentido de conexão com algo maior que si próprio.

5 . Descanso Sensorial

Quando foi a última vez que você ficou totalmente em silêncio e no escuro? Se você mora em uma grande cidade, talvez não consiga se lembrar de quando não ouviu barulho algum ou não teve nenhuma luz piscando ao seu redor, visto que até o período noturno tem seus estímulos próprios. Durante o dia então… O descanso sensorial é para aliviar um pouco esta sobrecarga para que a gente não chegue ao final da semana tão exausta, irritada e impaciente: alguns momentos por dia que você consiga se desconectar são suficientes para resetar o sistema. 

O primeiro passo para sair dessa “rodinha de hamster” é perceber onde está gastando mais energia para buscar o descanso adequado. 

6 . Descanso Emocional

Nó na garganta por não ter dito o que tinha vontade, estômago embrulhado de ansiedade antes de encontrar alguém que mexe com nossas emoções, dor de cabeça por conta de angústias reprimidas… Todos são sintomas de um déficit emocional, que surge quando sentimentos são suprimidos e levam a sensações físicas de desconforto. O descanso emocional vem para ajudar a lidar com as emoções ao invés de suprimi-las, fazendo com que as pessoas baixem a guarda e se permitam sentir e expressar seus sentimentos, sem medo de julgamento. Para desatar o peito e aliviar esse peso, a terapia pode ser uma boa opção, assim como se abrir com sua rede de apoio e pessoas de confiança, com quem você sente que pode ser autêntica e verdadeira em um espaço seguro e acolhedor.

7 . Descanso Criativo

Quando temos dificuldade em conceber novas ideias, em encontrarmos soluções para nossos problemas ou apenas em apreciar a beleza em todas as suas formas, talvez estejamos enfrentando um déficit criativo. Para este descanso, nada como novas perspectivas para abrir o olhar: tente ouvir músicas diferentes das que está habituada, visitar um lugar que nunca foi ou apenas mudar o trajeto que faz diariamente. Para as mais ousadas: experimentar um novo hobby, resgatar um hábito de criança que te fazia feliz ou conhecer pessoas diferentes. Tudo o que te tira um pouco da famigerada “zona de conforto” ajuda a reacender o brilho no olho e pode fazer maravilhas pela sua criatividade!

Escolha o(s) seu(s)!

Muitas vezes, dois tipos de cansaço podem andar unidos: por exemplo, quando estamos no trânsito, usamos energia mental e sensorial para processar tudo o que está acontecendo. Assim como dois tipos de descanso também: quando a Vic recarrega suas energias na pista, ela está usando o descanso físico ativo (dançar) com o descanso social, ao se cercar de pessoas queridas.

E você, que tipo de descanso vai escolher hoje para cuidar da sua saúde mental? 

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