Vic, Vic, Vic…como gosto de ler o que escreve! Pessoa inteligentíssima, de uma qualidade linguística maravilhosa! Parabéns pelo sucesso! Bjo da Pri 😘😘
Trabalho com a Vic há dois anos, tempo e proximidade que me permitiram não só assistir ao lançamento da Vic Beauté em agosto de 2022, mas também testemunhar uma virada de carreira importante na vida dela: de jornalista/blogueira/influenciadora de beleza que vive em Londres, a CEO de uma startup brasileira de maquiagem com equipe de 22 pessoas e escritório em São Paulo, cidade onde Vic tem passado metade do tempo desde o lançamento da marca. Escrevendo assim, parece até que existe uma separação enorme entre as duas coisas: de um lado estaria o mundo da “frivolidade”, e do outro, o da seriedade dos homens da Faria Lima. Mas faltou eu dizer que a Vic vive longe de obviedades e de cartilhas prontas, por isso não escolheu entre ser o clichê de uma profissão ou outra, mas encontra no caminho o seu jeito singular de exercer tanto uma quanto outra.
Foi seguindo essa lógica que ela me contou que na faculdade, em 2008, teve a coragem de escolher ser repórter de beleza enquanto todos os colegas buscavam o prestígio do jornalismo diário ou investigativo. É claro que havia quem achasse mesmo se tratar de frivolidade a escolha da Vic, mas o tempo mostrou que era possível falar de beleza com seriedade e também leveza, culminando numa carreira bem-sucedida de editora de beleza de uma grande revista. Influenciadora é só o nome atual para o que Vic sempre foi e continua sendo: uma comunicadora que leva a sério o ofício de falar do que vivencia – só que agora incorporando posts de viagens e publis de cerveja, honrando o lifestyle festivo que convive com seu lado trabalhadora. Este, aliás, é hoje largamente ocupado pelas atividades de CEO da Vic Beauté, função que tem aprendido na prática como exercer, com cada novidade que aparece no caminho, e com o auxílio de uma “equipe incrível”, nas palavras dela mesma, que cito aqui carregando feliz todo risco disso soar cabotino.
Aliás, não é todo dia que você lê uma entrevista com a dona de um site em seu próprio espaço, eu sei. Também é raro ver uma jornalista entrevistando outra com quem trabalha. Mas seguimos no caminho de deixar de lado a cartilha pronta do jornalismo. Afinal, e por que não? Vic adora essa pergunta, como você vai ver na entrevista abaixo, que aconteceu num começo de noite no escritório da Vic Beauté em São Paulo. Todo mundo já havia ido embora, a CEO da empresa pegou seu chá, um pedaço de chocolate e conversou comigo por duas horas sobre como é ser executiva da sua própria marca. Falamos sobre os desafios, os aprendizados, mas também sobre a importância de prestar atenção no caminho que se constrói quando se idealiza uma carreira. Sem firulas, sem seguir nenhuma cartilha, e nesse ambiente carinhoso e acolhedor que é, para ela e também para mim, o Dia de Beauté.
A Vic Beauté acabou de completar 1 ano. Quais os destaques desse seu primeiro ano com a marca?
Tantas coisas! Acho que o principal é ver os produtos que idealizei lá atrás, e que trabalhamos tanto para tornar realidade, vivendo por aí. É muito legal saber que tem gente comprando e usando as maquiagens da Vic Beauté. Afinal, o grande objetivo sempre foi criar produtos que fizessem parte do dia a dia das pessoas, trazendo praticidade ou até resolvendo um problema que ela nem sabia que tinha, e ver isso acontecendo é gratificante num nível que nem sei explicar.
Um ponto alto foi ter conhecido uma quantidade enorme de criadores de conteúdo. Ver gente falando da minha marca na internet é muito legal porque vejo por outra perspectiva o trabalho que eu sempre fiz, e consigo entender como a gente pode continuar evoluindo na comunicação com essas pessoas. Os criadores de conteúdo passam mensagens espontaneamente, sem briefing, a Vic Beauté não faz publi. Então é muito legal ver o que a pessoa entende da mensagem que estamos passando, ver como elas interpretam os produtos dentro do seu estilo pessoal, as maneiras como usam. É uma evolução: a gente idealiza, desenvolve, lança e, a partir disso, o produto passa a ser uma tela em branco que vai ganhar diferentes significados na mão de cada um. Eu fico de queixo caído com os conteúdos que as pessoas produzem com os produtos da Vic Beauté!
Outro destaque enorme foi ter formado a equipe que temos hoje na Vic Beauté. O projeto começou oficialmente comigo e 3 co-founders, Lais [Bemerguy, diretora de branding e comunicação], Edith [Edith Meirelles, diretora executiva] e Rafa [Rafaela Gobara, diretora de digital], em 2019, a marca foi lançada em agosto de 2022 com 8 pessoas no time e hoje somos 22. Desde as primeiras pessoas que toparam participar do projeto da Vic Beauté eu sinto esse “uau, tem mais gente acreditando nisso”. Foi um processo muito interessante, de ver as coisas evoluindo e se encaixando, entender quais perfis a gente precisava ter no time, ver a diferença que essas pessoas iam fazendo, as interações novas que passaram a acontecer por causa disso… Sempre sabendo que vai ser um processo constante! Então para mim, que não fiz faculdade de administração de empresas, tem sido uma experiência incrível e um super aprendizado ver essa faceta de desenvolver talentos, equipe, gestão.
Você fala da equipe com muita empolgação mesmo.
Pra mim, a coisa mais UAU é ver no dia a dia – e todos os dias! – as pessoas demonstrando estarem investidas na marca, acreditando na ideia e apaixonadas pelo projeto tanto quanto eu. Acho que sentir isso na equipe é um dos grandes sonhos de qualquer pessoa que está construindo alguma coisa. Às vezes eu ligo a reunião semanal que temos às segundas, em que está boa parte do time, vejo aquele monte de carinhas e fico “gente!”. Não canso de me surpreender positivamente com o quanto as pessoas da equipe são incríveis, não só porque são muito competentes, mas sinto que rola essa empolgação genuína, que eu também sinto (mas eu sentir é o óbvio!), e isso é muito legal!
Todo mundo fala, e eu sempre soube, que é impossível fazer qualquer coisa sem pessoas. O curioso é que a Vic Beauté é uma marca bebê, uma startup, mas com uma estrutura muito sólida. Temos um escritório, uma equipe de 22 pessoas, um investidor escolhido com muito cuidado para ser um parceiro que agrega e que tem essa mesma visão de longo prazo que eu, e que entende que para fazer o que a gente quer, é preciso uma estrutura maior do que com frequência vemos em startups. A Vic Beauté tem uma equipe grande para uma marca pequena, mas de certa forma é uma equipe pequena para as coisas que queremos construir.
Você passou quatro anos pensando nos produtos, criando cada item, o branding da marca… E agora quando você falou que a estruturação da equipe foi um highlight, me dei conta que tem toda uma parte de gestão que você está fazendo pela primeira vez, e que não tinha muito como prever como ia lidar com isso, imagino…?
É, não foi uma chave que eu virei do dia para a noite. Nesses quase cinco anos eu fui aprendendo muita coisa, considero que já fiz dois “MBAs” da vida real e agora estou no terceiro. [risos] Teve o “MBA” de estruturar a ideia, fazer fundraising (captação de fundos – que eu nunca tinha feito na vida), negociação de investimento (com ajuda do meu marido, que trabalha no mercado financeiro e foi super importante no processo). Fui sozinha a quase todas as apresentações de fundraising – claro que muito bem amparada e embasada por pessoas muito competentes nos bastidores -, mas foi tudo totalmente novo para mim. Às vezes eu parava e pensava “mas o que é que eu estou fazendo aqui”… É meio o clichê do empreendedor né, mas clichês são clichês porque são verdade: acreditar muito na minha própria ideia me ajudou bastante no processo.
Aí veio o “MBA” de desenvolver o projeto e lançar, e agora estou no do pós-lançamento, porque com a marca existindo, abre-se um universo de novas questões e necessidades. Eu aprecio a experiência de ir aprendendo enquanto vivo. Na minha carreira de 18 anos como jornalista, sempre me monitorei muito para não me colocar numa posição em que achasse que já não tinha mais o que aprender, afinal isso seria arrogância, além de ser mentira.
O grande objetivo sempre foi criar produtos que fizessem parte do dia a dia das pessoas, trazendo praticidade ou até resolvendo um problema que ela nem sabia que tinha.
Acho que esse método de aprender com a prática faz muito sentido para alguém como você, que é muito questionadora de processos pré-estabelecidos.
Pois é, sou a pessoa que vai sempre perguntar “mas por que tal coisa tem que ser feita desse jeito?”. Exemplo disso foi lá atrás, na faculdade de jornalismo, em 2004, quando todo mundo queria ser jornalista investigativo ou trabalhar em jornal diário, e eu queria ir para moda e beleza. Eu era uma ET ali, mas não fiquei nessa de “ai, não me encaixo” – pelo contrário, eu pensava que o caminho que eu queria só não estava trilhado ainda, e eu poderia tentar alguma coisa diferente do que todo mundo estava indo atrás. Enfim, eu fui e fiz um outro caminho, que não era o da cartilha. Essa “teimosia” faz parte da minha personalidade, e acabo colocando em prática na Vic Beauté também, mas hoje percebo que isso de questionar e poder fazer diferente é uma certa vantagem.
Se não há uma cartilha, o que te orienta na Vic Beauté?
O trabalho mesmo, a bagagem que eu adquiri ao longo desses anos trabalhando com beleza. Eu sempre trabalhei muito, nada caiu no meu colo, e todo tempo que eu tive de carreira foi uma pesquisa, de certa forma. Então quando a marca se materializou na minha cabeça, em novembro de 2018, era como se eu tivesse passado todos esses anos estudando para isso.
Você é uma pessoa que tem muitas ideias, sabe onde quer chegar, é mesmo muito questionadora, mas por mais convicta que esteja de uma ideia você nunca deixa de ouvir a equipe. Você ouve muito quem trabalha com você.
Claro que sim! A equipe me ajuda muito, e isso é fundamental. Eu tenho visões bem claras, mas também sei que não sei de tudo. Do mesmo jeito que questiono tudo, eu entendo que todo mundo pode questionar tudo. Valorizo muito as pessoas do meu time, porque são pessoas incríveis que têm carreiras incríveis e atributos incríveis, e porque são muito empolgadas. E entendo que se contratamos elas, não faz sentido não ouvir ou não confiar. Isso casa com o que falei sobre ter a humildade de saber que você está sempre aprendendo. Não importa se está fazendo algo pela primeira ou pela milésima vez, ninguém sabe de tudo o tempo todo, é impossível. Ninguém tem 100% das vivências e visões. Por isso que eu acho que tudo é uma construção contínua e feita a muitas mãos. Não é da minha personalidade olhar para onde eu quero chegar, mirar nisso e trabalhar para alcançar sem olhar para o resto. O processo é o que importa. Na verdade, eu não acho que existe esse lugar que você chega, isso é uma ilusão. O que importa é o processo, e ouvir as pessoas é fundamental para o processo. Isso é um grande aprendizado de gestão – o balanço entre o que você faz e o que delega, entre estar próximo e envolvido, mas sem ficar naquele “micromanaging” que empata as coisas… E de novo, não tem fórmula e não acho que ninguém atinge a perfeição nisso, também é um processo constante de desenvolvimento pessoal.
Isso também tem a ver com o que você costuma dizer quando te perguntam sobre a busca pela “perfeição” na maquiagem?
Totalmente. O conceito de perfeição é uma coisa que me incomoda. Recentemente fui apresentada a kaizen, filosofia japonesa que fala sobre buscar eternamente pela perfeição, mesmo sabendo que você nunca vai chegar lá. E acredito muito nisso – fazermos sempre nosso melhor, mas sabendo que a perfeição é um ideal impossível, e tudo bem. Sinto que uma das missões da Vic Beauté é trazer esse assunto para reflexão. Em toda minha vida de criadora de conteúdo eu ouvi das pessoas “ah, eu faço assim minha maquiagem, mas não sei se está certo. Tá certo?” Aí eu falo: “mas você fez? Fez. Achou que deu certo? ‘Ah, achei, mas não sei se está certo”. Daí pergunto: “mas se você fez e gostou, o que é estar certo?” Acho que a ideia de perfeição muitas vezes desencoraja as pessoas.
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Os questionamentos precisam parar! [risos]
Nesse caso os questionamentos não são tão úteis! Porque no fim é quase que um processo de você se sabotar. “Ai, não sei me maquiar, tenho duas mãos esquerdas, não sei fazer”. E eu olho para a pessoa e ela está ótima. Então o que você imagina que seria se você “soubesse” fazer? Você estaria como se tivesse passado um filtro? Igual uma capa de revista? É uma auto sabotagem. E isso liga com a coisa da síndrome do impostor. Você se maquiou, olhou no espelho e falou “tá bom, vou sair de casa”, mas quando você está perante alguém que você acha que sabe mais que você, fica insegura.
E isso é bem comum quando as pessoas te abordam na rua para falar sobre maquiagem, né?
Muito. Por isso eu gosto de pensar que posso contribuir trazendo um pouco mais desse pensamento de: só faz, como você quiser fazer, você não precisa ser expert nem dominar a técnica. O que você fizer tá bom, se te fez sentir melhor, mais bonita.
Essa ideia é também uma das filosofias da Vic Beauté – a marca está muito identificada com você, né? As pessoas te vêem na marca.
[pausa dramática, Vic me olha rindo, mas com uma cara meio confusa, meio positivamente surpresa]
“É a cara da Vic”, é o que todo mundo fala!
É engraçado ouvir isso… talvez porque não seja meu intuito fazer um processo muito “egotrip” onde eu quero que a marca me personifique, sabe? E não é uma coisa que eu ouço muito, então acho curioso, mas com certeza acho legal e fico feliz com esse feedback! Talvez falem menos pra mim e mais quando falam sobre a Vic Beauté com outras pessoas?
Acho que a ideia de perfeição muitas vezes desencoraja as pessoas.
Acho que é normal ouvir isso porque a Vic Beauté tem de fato sua personalidade, seu estilo, tem seu mood, assim como o Dia de Beauté, que também tem muito a ver com você. Como é ter essa personalidade multiplicada em marcas?
Vejo isso como um elogio. Nunca fiz pesquisa de público para criar uma estratégia de como deveriam ser as marcas, apesar de isso ser super comum, foi tudo orgânico, saiu muito de mim – o Dia de Beauté foi evoluindo comigo, a Vic Beauté é a materialização de tudo que sempre falei nele, de certa forma é como se eu estivesse pesquisando empiricamente todo esse tempo. É da minha personalidade ser muito genuína e só seguir caminhos, tendências, cartilhas, se achar que faz sentido, que encaixa com o que acredito. Com o conceito e os produtos da Vic Beauté, sei que não estamos só surfando uma onda, por exemplo, dos produtos multifuncionais, que é algo que ficou muito forte nos últimos tempos, mas eu sempre falei sobre. Fico tranquila ao ver que no primeiro vídeo que eu fiz na vida, “Maquiando em 5 minutos”, no Chic [extinto site de notícias de moda criado por Glória Kalil, primeiro estágio da Vic no jornalismo], em 2006, quando nem existia YouTube, isso já está lá. Ou a questão do autocuidado e da maquiagem como ferramenta de autoestima, dois termos que ficaram até um pouco banalizados atualmente – meu primeiro post no Dia de Beauté, onde explico o motivo de estar começando o blog, fala justamente sobre isso, então é muito natural que, independente de modismos, esses conceitos permeiem o que fazemos nas duas marcas, Vic Beauté e Dia de Beauté.
Eu sou uma pessoa consistente, e essa é uma característica que valorizo, então fico feliz que isso transpareça. É zero uma ego trip, tem mais a ver com as mensagens que eu quero passar. Tudo na Vic Beauté tem muita história por trás e eu poderia ficar horas falando sobre isso, mas logo no primeiro dia de lançamento da marca eu entendi que a partir do momento que os produtos estão no mundo, eu não vou estar sempre lá para falar deles, então toda vez que alguém pegar um produto, não importa se ela sabe ou não que eu existo, quero que ainda assim mensagens que eu acredito sejam transmitidas. Fico muito feliz de saber que as pessoas vêem uma conexão entre mim e a marca, mas meu grande objetivo é que essa marca extrapole muito minha pessoa, ainda que pautada pelas coisas que eu acredito e nas mensagens que eu quero passar.
Você costuma dizer que a Vic Beauté é o projeto da sua vida. O que isso quer dizer?
Tenho muito orgulho de tudo que construí até hoje, o Dia de Beauté, meu livro… Mas em termos de “””legado””” (por favor coloca entre muitas aspas porque eu acho um pouco prepotente falar isso de si próprio), acho que a Vic Beauté é o que mais tem potencial de ser uma coisa que vai continuar independente de mim. A Vic Beauté é o resultado de todas as minhas vivências – o Dia de Beauté, meu livro, minha carreira na Vogue, minha carreira como influenciadora, os anos que maquiei (raramente falo sobre isso, preciso falar mais!), as inúmeras e valiosas oportunidades que já tive de conhecer, na vida real, pessoas que me acompanham na internet. A marca materializa tudo isso em forma de produto, mensagem e conceito. Pensar que a pessoa vai acordar de manhã, tomar banho, escolher aplicar o Stick Tudo, sair para trabalhar e pensar “que bom, esse produto resolveu minha maquiagem”, tem um peso enorme pra mim.
Olhando para trás, tem alguma dica, algum conselho que gostaria de ter ouvido antes de lançar sua marca, e que possa ser útil para outras pessoas que estejam começando a empreender?
Acho muito importante ter em mente que você deve se preparar para empreender, mas sabendo que não tem como prever os desafios que vão surgir no caminho. Por isso é importante a resiliência, para conseguir lidar com esse imponderável. É encontrar o equilíbrio entre trabalhar como se você pudesse se preparar para tudo, sabendo que você não pode prever tudo que vai acontecer, e vai ter que aprender a se virar ao longo do caminho. Não existe estar totalmente pronto para começar / lançar, porque é só com a coisa existindo que você consegue evoluir.
Para terminar, uma coisa que talvez as pessoas não saibam sobre você – ou talvez não saibam o quanto é real! [risos] Que você tem uma energia incrível não só para trabalho, mas também para a vida social, festa, balada. A pergunta que não quer calar é: como faz?
Olha… Se você gosta de sair e isso te alimenta, te dá energia, você faz. Eu me recarrego quando vou para uma festa. Tem gente que acha que quando eu quero relaxar eu vou para um spa, fazer massagem. Bem, eu adoro isso também, mas quando quero relaxar mesmo, vou para uma pista dançar. Não consigo só trabalhar muito e não sentir que estou me divertindo. Claro que me divirto no trabalho, mas eu preciso desse contraponto que renova meu ânimo. Eu de fato tenho muita energia, sempre tive três trabalhos ao mesmo tempo, desde muito nova. Quando trabalhava no Chic, era sabadeira [vendedora aos sábados] na Daslu e maquiadora. Tinha dias que eu maquiava até às 23h, indo de casa em casa, chegava em casa, me arrumava e saía para um jantar ou uma festa. Imagina, passar a semana (e o sábado) só trabalhando, sem um momento de lazer, não funciona para mim – mas não me forço a fazer as coisas, o ponto é que minha energia é muito noturna. Mesmo que eu esteja cansada de dia, quando chega a noite, boom, eu acordo. Então, eu aproveito. Isso me traz uma ideia de equilíbrio que é importante.
{Fotos: Hick Duarte para Vic Beauté}
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[…] seu lado no palco, Vic começa a conversa relembrado as fases de criação do Dia de Beauté, que completou 16 anos esse […]
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