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TV Beauté: tratamentos para cuidar da pele respeitando sua individualidade

29/03/22

Um dia, uma amiga me mandou mensagem dizendo “estou pensando em fazer preenchimento porque todas as minhas amigas estão fazendo, o que você acha?”. Eu respondi brava que, em primeiro lugar, como alguém que a conhece, achava que no rosto dela não tinha nada que precisasse ser feito. Em segundo lugar, disse que não se faz esse tipo de coisa só porque as amigas estão fazendo. Isso me fez pensar como hoje em dia os procedimentos estéticos estão sendo um tanto quanto banalizados – e eu realmente não acredito que precise ser assim. Para mim, cuidar da pele com consciência de longo prazo, focar nos pontos altos e não pensar em mudar todo o rosto baseado em um padrão x de beleza é o que faz sentido.

Com isso em mente, tive uma conversa com a dermatologista Camila Hofbauer, que em sua prática faz, claro, preenchimento e outros procedimentos, mas tem na condução de seu trabalho um olhar voltado a uma estética mais ligada ao entendimento do envelhecimento como parte da vida. “Sempre falo para as minhas pacientes que não tem certo e errado, existe na verdade a informação e, com isso em mãos, entender o que cabe para cada um e o que tem a ver com a forma como cada um quer gerenciar o envelhecimento e cuidar da pele”, diz a médica.

Um dos efeitos dessa “banalização” dos procedimentos invasivos é a padronização estética produzida artificialmente: todo mundo com um mesmo bocão, bochecha inchada, mandíbula e queixo grandes, nariz empinado… E dependendo do ambiente em que se vive, é fácil cair na enrascada de achar que se você não faz, está fugindo do padrão de beleza – e a verdade não é essa, até porque padrão de beleza é algo que nem deveria existir. Deveríamos justamente abraçar nossas particularidades, disfarçar o que desagrada, mas sem buscar uma forma específica.

O que são tratamentos não-invasivos?

São aqueles que não incluem nada cirúrgico nem injetável, portanto, sem agulhas ou cortes. A dra. Camila conta que, apesar de não ser contra tratamentos mais invasivos, ela gosta muito do conceito dos não-invasivos, principalmente quando o desejo é de melhorar a qualidade da pele e a firmeza do rosto sem modificar os traços naturais. Alguns exemplos são:

– Tratamentos voltados para a superfície da pele (cuidar de manchas, melanoses, melasmas, poros, textura e vasos). 

– Laser: são luzes que têm afinidade com algum alvo da nossa pele. Quando queremos, por exemplo, tratar manchas, deve ser usado um laser que emite um comprimento de onda que tem afinidade pela melanina da pele em questão. Existem, por exemplo, lasers que têm intimidade  por uma melanina mais superficial como a sarda, pela melanina mais profunda como o melasma ou mesmo lasers que têm afinidade pela hemoglobina ou pela água. “Costumo dizer para minhas pacientes que lasers funcionam para melhorar a ‘pintura da casa’”, explica a dra. Camila

– Peelings químicos: substâncias aplicadas na pele visando a renovação, que pode ser da camada mais superficial, mas também das mais profundas dependendo da substância.

– MMP (micro-infusão de medicamento na pele): é micro, minimamente invasivo. Usamos pequenas agulhinhas que vão gerar uma pequena porta na camada de entrada da pele, para que o produto que está sendo aplicado consiga penetrar um pouco mais profundamente do que o uso tópico do skincare na pele. Não muda nada no rosto, é um veículo para que o produto adentre a pele de maneira mais otimizada.

– Ultherapy: tratamento para estímulo de colágeno, ajuda a firmar o rosto.

– Coolsculpting: foi criado para fazer o semelhante ao que faz uma lipoaspiração, mas de maneira não-invasiva. Recentemente, foi desenvolvida uma forma de uso do Coolsculpting para a redução da gordura da região da papada.

É importante ter em mente que não estamos falando de resultado imediato. “Existe um tempo natural do nosso corpo responder. É como jogar vôlei, eu jogo a bola, e seu corpo joga ela de volta com as respostas. O tempo é biológico, temos que esperar que o organismo responda ao estímulo dado”, diz a dermatologista. O tempo de resposta de um tratamento pode variar entre poucos meses a um ano. “Para ver os resultados”, lembra, “é importante que a pele seja estimulada ao longo da vida, com o tratamento continuando também em casa, com a aplicação de produtos”.

Um dos efeitos da “banalização” dos procedimentos invasivos é a padronização estética produzida artificialmente.

Tratamentos não-invasivos para mancha de acne

A dra. Camila conta que problemas causados pela acne são a maior parte das queixas que recebe no consultório. “Conseguimos complementar o tratamento que é feito em casa (e não pode deixar de existir!) com as tecnologias – com lasers que ajudam, por exemplo, a desinflamar a acne ativa, minimizar cicatrizes e tratar as que ficam na sequência das erupções.”

Quando usados para tratar cicatrizes de acne, os lasers ajudam a remodelar o colágeno superficial para melhorar as depressões, quando a pele fica com o relevo irregular. Há aqueles lasers mais leves, que vão estimular a pele sem fazer orifícios, e outros mais potentes, que fazem orifícios, conseguem chegar na parte mais profunda da pele e remodelar a derme. Para qualquer que seja o caso, é fundamental conversar com seu médico para conhecer todos os prós e contras de cada procedimento e fazer as escolhas que fazem mais sentido para cada caso.

Pele igual a do filtro

Os filtros de Instagram, que modificam cores, texturas e formas do rosto, também chegaram aos consultórios dermatológicos. “Tenho pacientes que chegam pedindo para ter a pele igual ao filtro tal. Isso é impossível. Você pode fazer todo meu portfólio de tratamentos e, ainda assim, vai continuar tendo poros, alguma manchinha, irregularidade”, explica a dra. Camila. “Eu acho que o filtro é uma brincadeira. Às vezes você não está querendo aparecer com cara de cansada, quer se sentir bem, engraçada, usa o filtro e beleza. Mas você não pode ter a expectativa de que vai ter aquela pele na vida real. Isso é uma coisa digital, não é humano.”

Tratamentos não-invasivos são aqueles que não incluem nada cirúrgico nem injetável, portanto, sem agulhas ou cortes.

Olheira: a sua não é a pior do mundo

Não existe ninguém que não tenha olheiras, mas ainda assim é uma queixa muito comum. Para quem está muito empenhado no desejo de reduzir as olheiras, a dermatologista explica que tratamentos não-invasivos provavelmente não vão suprir esta demanda. A olheira pigmentada melhora em geral 20% a 30% com os procedimentos, já a vascular pode chegar a evoluir 50%. Em casos de olheiras mais profundas, o tratamento com preenchimento costuma ser o mais recomendado.

Oleosidade excessiva

Normalmente, para quem vai começar um tratamento de acne e quer um boost de ânimo inicial, a dra. Camila conta que costumam ser recomendadas as limpezas de pele com peelings ou luz pulsada, ambos ajudam a diminuir a atividade da glândula sebácea, uma das responsáveis pelas erupções indesejadas.

Como podemos ver, existem muitas opções para tratar a pele que vão além dos injetáveis, e vale reforçar que os injetáveis não são “vilões” quando bem utilizados e com consciência. A ideia desse vídeo é reforçar que não precisamos buscar uma beleza padronizada, uma forma pronta, e que existe um enorme poder em apreciar e abraçar o que nos torna únicos. E lembrar também que cuidar da pele é para a vida toda!

{Fotos: reprodução Instagram @camilahofbauerdermatologia e Vic Ceridono}

Comentários

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One reply on “TV Beauté: tratamentos para cuidar da pele respeitando sua individualidade”

Obrigada pela matéria1 eu amei ler! Eu senti um certo consolo pois eu ainda não fiz nenhuma intervenção invasiva na minha pele. Eu estou com 38 anos e apenas uso fórmula manipulada pela minha dermato, eu costumo fazer uma limpeza profunda de pele duas vezes ao ano, além de usar alternadamente hidratante noturno e sérum de vit C. Eu me disciplinei a usar filtro solar diariamente e hidratante para o rosto antes de aplicar o filtro. Mas… eu ainda não fiz aplicação de botox, nem preenchimento de acido hialuronico etc etc.

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