Os alisamentos estão voltando à moda, mas os tratamentos modernos se diferem muito de como se fazia há 20 ou 30 anos. A principal mudança está nos produtos, que além de danificar menos os fios permitem variações no tipo de alisamento, atendendo a diferentes desejos e necessidades – como fios mais ou menos escorridos, ou até mesmo apenas diminuir volume e frizz, tudo sem deixar de lado a saúde dos cabelos.

Cris Dios, fundadora do Laces and Hair, conta que o que define a ondulação do seu cabelo é uma mistura de química com genética. Ou, explicando em tecniquês: a forma dos cabelos acontece por conta das ligações dissulfídicas que se encontram na parte interna do córtex do fio de cabelo. Então, para transformar o crespo em liso, é preciso que alterar essa estrutura quimicamente, seja de forma definitiva ou temporária. 

“Eu prefiro usar ingredientes que tenham menor força de alisamento, porque quando rompemos essas cadeias químicas podemos causar muitos danos irreversíveis à fibra capilar. No Laces, temos os redutores de volume e frizz (Verniz, Aminoapple e Mel) que são a base de um blend de aminoácidos, e dependendo da concentração alisa, reduz as ondas e o frizz de forma suave. Também temos o Bye Bye Frizz, um procedimento que substitui o antigo relaxamento”. Cris conta que ele é feito em 3 etapas: tratamento multivitaminas, redução do frizz e reposição de aminoácidos. Esse processo é focado em tratar, reduzir o frizz, soltar as ondas, reequilibrar o pH e repor aminoácidos dos fios.

Transparência nos rótulos 

Em junho de 2020, a ANVISA aprovou uma resolução que regulamenta produtos para alisar e ondular os cabelos, permitindo apenas o uso de ativos aprovados e listados pela agência. Isso trouxe segurança tanto para quem usa quanto para os profissionais.  

A especialista em procedimentos químicos Roseane Goes, do salão C. Kamura diz que, além do avanço nas tecnologias, a regulamentação dos produtos foi um marco extremamente importante. “Antigamente, com formol e amônia não era possível ter um cabelo saudável, além de ser muito difícil ter um cabelo alisado loiro, por exemplo, porque as químicas eram incompatíveis. Hoje, já é possível unirmos tratamento e procedimentos químicos sem que os fios sofram danos extremos. A regulamentação também foi essencial, já que antes não era possível sequer saber a procedência dos produtos. Hoje já é totalmente diferente”, diz. 

Não quero alisar, apenas prolongar a duração da escova

Se você prefere usar fontes de calor para alisar o cabelo, saiba que você pode recorrer a  produtos que potencializam o efeito liso da escova/chapinha, mas que não alteram a estrutura do fios, como o Style Straight Cream da Keune, que prolonga o efeito liso e alinhado nos cabelos até a próxima lavagem. 

Pedro Henrique Guimarães, educador internacional da Keune, explica que o produto faz uma super hidratação na fibra, além de bloquear os efeitos da umidade que às vezes acabam deixando o cabelo mais cheio com o passar do tempo. “O Pantenol e o Silanetriol ajudam a penetrar e envolver a fibra capilar, protegendo o cabelo da umidade externa e garantindo que o fio fique liso até a próxima lavagem (quando essa camada protetora é removida)”, conta. 

Só existe uma regra na beleza: ser feliz

Cada mulher tem o direito de escolher o que a faz se sentir bem. “Não tem problema fazer alisamentos. Se você gosta de cabelo liso, se pra você ele é mais prático e se sente mais bonita, tá tudo certo. O que não é legal é escolher alisar os fios para se encaixar num padrão de beleza. Se a vontade de ter fios lisos é genuína e é só sua, tem todo meu apoio”, finaliza a cabeleireira do C. Kamura. 

Produtos e procedimentos indicados pelos maiores salões de beleza do Brasil:

Marcos Proença Cabeleireiros 

. High Liss – Truss

Kamura 

. Plástica dos Fios – Cadiveu 

. High Liss – Truss 

. Phytoca

Laces and Hair. 

. Verniz, Aminoapple, Mel e Bye Bye Frizz – Laces and Hair (aqui)