Guia do cabelo ondulado + meu relato de transição

21/06/23

Sou a Daniela, redatora do Dia de Beauté e, depois de quase 15 anos alisando os fios, decidi retomar a textura natural e iniciei a transição capilar. Minha primeira progressiva foi aos 14 anos. Não sabia cuidar muito bem do meu cabelo e também era moda na época. De lá pra cá foram muitas e a última fiz em maio do ano passado.

Essa vontade de mantê-lo ao natural ficou ainda mais forte após o nascimento da minha filha (tenho dois filhos, Joaquim de 5 anos e a Maria de 2), que tem cabelos cacheados. Eu quero que ela se reconheça em mim e ame seu próprio cabelo, que é lindinho, por sinal.

Decidida, entendi que precisava ter cuidados específicos e comecei pelo corte! Fui numa especialista em cachos e saí de lá animada, além de ter amado o resultado final. Estou com cerca de 10 centímetros de cabelo natural, e para não ter uma mudança tão grande, optei por não fazer o big chop e ir cortando a parte alisada aos poucos.

Depois do novo corte, comecei a seguir as dicas da profissional e percebi meu cabelo se transformando, a textura natural voltando a ganhar forma.

Mas claro que esse processo não é tão simples assim. Meu cabelo natural é ondulado, bem no meio daquelas “escalas cabelísticas” – nem liso, nem cacheado. Então, diria que esse tipo indeciso de cabelo é desafiador.

Com orientação profissional e produtos com texturas que favorecem as ondas, fica mais fácil. Então, para nos ajudar, bati um papo com o cabeleireiro especialista Jef Samambaia (@jefsamambaia), que explica quais os cuidados básicos necessários que valorizam a curvatura 2a, 2b e 2c.

A vontade de voltar ao cabelo natural ficou maior após o nascimento da minha filha. Quero que ela se reconheça em mim.

Entendendo o cabelo ondulado

Apesar de lindo, o cabelo ondulado pode ser bem desafiador, já que a falta de definição pode atrapalhar na maioria dos casos. Entretanto, ele é extremamente versátil, já que dependendo da finalização, temos mais ou menos ondas, ou seja, vários efeitos em um só cabelo.

As cutículas do cabelo ondulado também estão ali no meio, nem tão fechadas quanto as de um cabelo liso, nem tão abertas quanto das cacheadas. “Ele se parece um pouco com o cabelo liso, isso quer dizer que as cutículas são mais fechadas, garantindo um brilho na maioria das vezes. Mas claro que, por apresentar curvas, elas não são totalmente fechadas, e isso pode provocar porosidade, o que causa o frizz”, explica Jef.

Cuidados básicos

Tudo começa no chuveiro. O cabeleireiro orienta que, para escolher o shampoo ideal, é preciso se atentar à espessura do seu fio. “Se for mais fino e mais ressecado, você vai usar um shampoo com o Ph mais ácido, cremoso e hidratante. Se for mais grosso e oleoso, você vai escolher um shampoo mais alcalino”, diz.

A escala de ph varia de 1 a 14, sendo que o pH neutro é o 7.0, o pH menor que 7.0 é considerado ácido e o alcalino é o pH maior que 7.0. Normalmente, essa informação vem na própria embalagem.

Outras duas dicas são: aplique shampoo somente no couro cabeludo, pois as nossas pontas tendem a ficar mais ressecadas. E se atente à temperatura da água, temperaturas muito quentes abrem as cutículas que selam os fios.

Criando textura com a finalização

É preciso ir testando os finalizadores para saber os que mais se encaixam no seu cabelo, sem pesar e garantindo ondas com movimento. O cabeleireiro ensina um passo a passo simples: com o cabelo ainda molhado, aplique um pouco de mousse ou gelatina, amasse e vá estimulando o cabelo aos poucos. “Comece amassando as pontas para marcá-las, depois suba para o comprimento. Se você amassar logo o cabelo todo, ele não costuma ganhar um desenho uniforme”.

Eu já encontrei um jeito de finalizar que funciona super bem para o meu cabelo. Tiro o excesso de água apertando com as mãos e, com os cabelos ainda bem molhados, aplico o creme e penteio. Depois, solto os cabelos da raiz com as mãos e amasso com uma camiseta de algodão ou um paninho de microfibra para não dar frizz – o que ajuda a tirar o excesso de água ainda restante. Para finalizar, aplico uma gelatina e espero secar naturalmente.

Day After

Nem sempre o cabelo mantém o resultado da finalização no dia seguinte e tá tudo bem, mas existem alguns truques que ajudam: “Use uma touca ou fronha de cetim, que diminuem o atrito do cabelo e do tecido durante a noite. E essas três opções de produto também são ótimas para o dia seguinte da finalização: mousse, um pouquinho de creme de pentear e óleo – que não pese no seu cabelo”, orienta.

Antes de aplicar qualquer produto, borrife água. Ela irá ajudar a revitalizar as áreas que mais precisam de definição. Ah, e evite ficar colocando a mão, pois isso atrapalha na definição – seja no dia da finalização ou no day after.

@danielagandolphi

@zendaya

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@ladylaurelle/ Corte @joannatruminohai

Corte @slickback_buttahtoast

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@davidwbullen

Produtos amigos

Os melhores companheiros das onduladas são os produtos texturizadores ou estabilizadores, que dão forma às ondas, como um mousse, por exemplo, por ser um produto leve, que não pesa nos fios e facilita a formação das ondas.

O cabeleireiro explica quais produtos devem ser priorizados de acordo com o resultado desejado – mais ou menos ondas. “Se quer favorecer a curvatura, produtos estabilizadores como mousses, gel e gelatina vão definir. Se quer tirar volume, use apenas um creme de pentear. E por último, um óleo reparador de pontas, que irá manter os fios hidratados e definidos”.

Não podemos esquecer da máscara de tratamento! Pelo menos uma vez por semana, use a sua preferida, sempre aplicando somente no comprimento e pontas.

E o frizz?

Aceitando-o ou não, é preciso normalizar o frizz. “O frizz acompanha todo mundo que tem cabelo. Então a dica que eu dou para amenizar o frizz da ondulada é usar um pouquinho de mousse, pois desenha bem o cabelo”, orienta Jef.