Mas não pense que as belezas foram monótonas: com essa pele nada como base, olhos e bocas não perderam a oportunidades para ousar. Olhos quentinhos com produtos cremosos, como os usados por Helder Rodrigues em quase todos os desfiles que assinou; ou com muito glitter e pigmento dourado como a criação de Juliana Coelho para a Meninos Rei. O olho preto bold também teve o seu espaço – ele tem sido tendência nas semanas de moda gringas e chegou por aqui no desfile da Boldstrap, assinado por William Cruzes. Com referências dos anos 90 e da cena grunge, o beauty artist desenhou o mesmo olho para todos os modelos. Já Max Weber se jogou no mood disco anos 70/80 para o desfile de Isaac Silva, e apostou em muito glitter na boca e nos olhos para homenagear as primeiras drag queens brasileiras. 

Uma das belezas que mais nos encantou veio diretamente do fundo do mar. No desfile de Igor Dadona, Vale Saig nos transportou para a coleção inspirada em marinheiros através da maquiagem – além dos cabelos molhados, como já era de se esperar, ela surpreendeu com diferentes cores e texturas nas têmporas, olhos e lateral do nariz, mais aplicações de miçangas e outros acessórios na pele, simulando corais. Os modelos viraram verdadeiras criaturas fantásticas!

Já para os cabelos, o wet hair veio estilizado em diferentes formatos e penteados, até mesmo nos meninos, e mostrou que veio para ficar de vez dentro e fora das passarelas. Fazendo contraponto ao estilo colado na cabeça, os crespos e cacheados reinaram com muito volume. Wilson Eliodoro, por exemplo, utilizou perucas e apliques para trazer fios sem definição e hidratação, representando a liberdade do povo preto. Com inspirações geométricas, o beauty artist conectou as peças de João Pimenta e a beleza com muita assertividade.

Confira abaixo os registros das nossas produções favoritas.