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10 nomes LGBTQIAPN+ que mudaram o jogo no mundo da beleza

01/07/24
10 nomes LGBTQIAPN+ que mudaram o jogo no mundo da beleza

As contribuições da população LGBTQIAPN+ para a cultura global são incontáveis, da música à política, passando pela tecnologia e pelas artes plásticas e incluindo, claro, o mundo da beleza. Figuras icônicas como Ney Matogrosso, Grace Jones, Thierry Mugler, Pabllo Vittar, Nikki Tutorials, Jean Paul Gaultier e Laverne Cox transformaram a maquiagem em uma ferramenta essencial para expressar suas identidades queer em suas áreas de atuação, além de terem contribuído muito para a evolução do mercado. 

Ney Matogrosso cantando
Ney Matogrosso. Foto Instagram @neymatogrosso
Pabllo Vittar
Pabllo Vittar. Foto Instagram @pabllovittar
Laverne Cox. Foto: Lester Cohen/ Getty Images for The Recording Academy

Para pessoas LGBTQIAPN+, a beleza, especialmente a maquiagem, tem um significado muito profundo, diretamente ligado à auto expressão, construção de identidade de gênero e fortalecimento do senso de comunidade e de conexão. Essa relação vem de um rico legado queer, associado à vida noturna e às performances de drag, burlesco e cabaré, que por décadas funcionaram como espaços seguros para criar muitas das referências visuais que conhecemos hoje.

Diariamente, graças às redes sociais, incontáveis pessoas LGBTQIAPN+ inovam no mercado da beleza, produzindo tendências e inaugurando comportamentos. Preparamos uma curadoria especial de dez personalidades que deram contribuições fundamentais para o mercado de beleza, das prateleiras da Sephora aos palcos.

Para pessoas LGBTQIAPN+, a maquiagem, tem um significado profundo, ligado à autoexpressão, identidade de gênero e senso de comunidade.

Way Brandy
Way Brandy

1 . WAY BANDY 

O maquiador do Alabama é referência no mundo da beleza por ter produzido um dos primeiros registros escritos e imagéticos de técnicas de maquiagem, como contorno e iluminação. Bandy publicou em 1977 o livro “Designing Your Face”, consolidando o que aprendeu em mais de 20 anos atuando em Hollywood, com estrelas como Diana Ross, Cher e Barbra Streisand.

Way Bandy é, até hoje, citado e referenciado por profissionais e entusiastas por sua precisão e aprofundamento no entendimento de luz, sombra e muitos dos pormenores que configuram a tridimensionalidade da maquiagem como conhecemos hoje, na era pós-Kardashian. O maquiador definiu técnicas que inspiraram uma geração de maquiadores, incluindo o mestre Kevyn Aucoin, que cita Bandy como um herói. 

2 . KEVYN AUCOIN

Vidrado em editoriais de revistas como a Vogue desde os 11 anos, o jovem Kevyn sempre se encantou pelo mundo da maquiagem, experimentando com as cores e pincéis em sua irmã e melhor amiga, que capturava cada uma de suas empreitadas com uma Polaroid.

De uma pequena cidade em Louisiana até as maiores passarelas do mundo, Aucoin é sinônimo de excelência no mercado. Em apenas três anos teve seu trabalho estampado em 19 capas da Vogue, no ápice de sua carreira seus pincéis esculpiram rostos como Madonna, Tina Turner, Liza Minelli e Naomi Campbell, que em entrevista cita o maquiador como o único artista que de fato entendia como maquiar a pele negra. 

Kevyn foi fundamental na criação da categoria de “maquiador de celebridades” ou “Pro artist” (maquiador/artista profissional, como chamamos hoje em dia), mentorando e educando por meio de livros publicados e também do desenvolvimento de produtos na indústria. Seu impacto e contribuição para o mercado da beleza foi tanto que Kevyn teve sua história contada no documentário intitulado “Larger Than Life”.

Dzi Croquettes, de Paulo Kawall, 1973. Coleção de Fotografia Contemporânea / Acervo IMS
Dzi Croquettes, de Paulo Kawall, 1973. Coleção de Fotografia Contemporânea / Acervo IMS

3 . DZI CROQUETTES

Para a comunidade queer, a maquiagem sempre foi uma ferramenta inerente à expressão política e libertação sexual, e não foi diferente para esse grupo de artistas cariocas que, com glitter, delineados e bocas pintadas, marcaram a cena brasileira nos anos 70. Há mais de 50 anos, artistas como Ciro Barcelos, Paulette e Cláudio Gaya se apresentavam em boates e teatros no Rio de Janeiro e em São Paulo, provocando questionamentos sobre a travestilidade, o virtuosismo e os costumes com deboche nos palcos. Com uma fusão de Rocky Horror Picture Show e Divine, o surrealismo de suas maquiagens e espetáculos eletrizantes tomou conta do mundo, consagrando o grupo internacionalmente. Entre 1973 e 1974, fizeram longas temporadas de apresentações em Paris, acompanhadas de performances emblematicamente intensas, com números de dança e música. 

Thereza Brown maquadora
Thereza Brown. Foto Instagram @thereza.brown

4 . THEREZA BROWN

Cabelos e penteados icônicos são fundamentais para uma popstar de respeito. Mudanças drásticas nos fios de Madonna a Beyoncé marcam eras e, aqui no Brasil, a responsável por desenvolver o visual impactante de personalidades como Pabllo Vittar, Urias e Gloria Groove é a artista Thereza Brown. A profissional é entusiasta do mundo dos cabelos desde cedo, aos 18 anos iniciou os estudos no segmento e aos 21 começou a trabalhar em salões. Completando uma década de carreira, Thereza já teve seu trabalho estampado em editoriais e palcos mundo afora. Em conversa com o Dia de Beauté, ela conta que Rihanna é sua principal inspiração, “sempre me inspirei em cortes, cores, cabelos ousados, cabelos inesperados, é algo que ela sempre faz, então sempre procuro propor para as minhas clientes”.

Bianca Andrade Boca Rosa Beauty
Bianca Andrade. Foto Instagram @bianca

5 . BIANCA ANDRADE

Ela acabou de relançar a marca Boca Rosa, reafirmando sua inquietude diante do mercado de beleza nacional. Bianca não para: foi uma das primeiras influenciadoras a criar a própria linha de maquiagem e teve passagem marcante pelo Big Brother Brasil. É uma das principais profissionais brasileiras pautando a forma com que consumimos e discutimos beleza nas redes sociais. 

De acordo com a lista dos influenciadores de beleza mais relevantes feita pela Cosmetify, metade dos nomes mais bem sucedidos nas redes sociais são parte da comunidade LGBTQIAPN+, e Bianca Andrade faz parte desse grupo. “Gosto de exercitar minha coragem de falar quem eu sou. Sei que ser uma CEO mulher é ser uma minoria, por isso gosto de falar disso. Ao ocupar esse lugar, inspiro outras mulheres a se enxergarem nele. Quando perguntam sobre qualquer outra área da minha vida, faço o mesmo exercício, assim como quando perguntam se sou bissexual ou pansexual. Ser uma mulher num cargo de poder é raro; ser uma mulher pansexual, mais raro ainda. E quando falo, inspiro outras mulheres a falarem de si”, afirma a empresária.

Magô Tonhon
Magô Tonhon. Foto Instagram @mulhertrans

6 . MAGÔ TONHOM

A educadora, arquiteta da beleza e ativista reúne uma legião de fãs dentre os entusiastas da beleza, as magôadinhas. Com mais de 8 anos atuando na beleza, Magô é força transformadora no mercado brasileiro por iniciativas que vão desde a sinalização do retoque em fotos, impulsionando o debate sobre a pele possível, até consultoria de diversidade para marcas, ramo em que mais tem atuado. Dias após receber o prêmio #BeYou no TransBaile, que celebra profissionais trans que vêm moldando a cultura e sociedade, Magô compartilha conosco algumas das suas inspirações queer no mundo da beleza: Samir Ferreira, Jake Falchi, Dindi Hojah e Cintia Fonseca.

Samir Ferreira
Samir Ferreira. Foto Instagram @sasacional
Jake Falch
Jake Falchi. Foto Instagram @jakefalchi
Dindi Hojah
Dindi Hojah. Foto @pedrobodick
Cintia Fonseca
Cintia Fonseca. Foto Instagram @cintiafonsecamua
Celso Kamura
Celso Kamura. Foto Instagram @celsokamuraoficial

7 . CELSO KAMURA

Poucos são os nomes do mercado da beleza conhecidos de ponta a ponta do Brasil, e Celso Kamura é um deles. Referência em excelência quando o assunto é cabelo – do corte a coloração -, ele tem 45 anos de carreira, sendo responsável pelos fios de nomes célebres como Dilma Rousseff e Supla.

Kamura foi pioneiro ao ampliar sua atuação no mercado e abrir seus próprios salões de beleza – hoje são sete em funcionamento – e criar uma marca de cuidados capilares e coloração para chamar de sua, a C. Kamura, além de explorar também o mercado editorial com sua própria publicação, Conexão C. Kamura.

Hunter Schafer
Hunter Schafer. Foto Instagram @hunterschafer

8 . HUNTER SCHAFER

A atriz é hoje ponto focal da comunidade trans globalmente, após uma primeira temporada em um dos maiores hits da HBO, Euphoria. Ela catapultou sua carreira estrelando algumas das maiores campanhas de beleza dos últimos anos, como Shiseido e Mugler.

Foi na série da HBO que Hunter virou o rosto referência para centenas de looks com delineadores coloridos e olhos cobertos de glitter, inspirando uma geração a enxergar com nova perspectiva sua relação com as cores e grafismos na beleza. Por meio de sua personagem, Jules, a artista trouxe à tona nas telas questionamentos sobre feminilidade e passabilidade, temas latentes na comunidade trans em um episódio especial co-roteirizado e co-produzido por ela, “Euphoria: F*ck Anyone Who’s Not A Sea Blob”.

Ziggy Stardust (Reprodução)
Ziggy Stardust (Reprodução)

9 . ZIGGY STARDUST

David Bowie solidificou uma das imagens de beleza mais reproduzidas na história da humanidade com o icônico raio tomando o lado direito de seu rosto, bebendo de fontes que flertam com a arte drag e o glam rock. Assim, o artista construiu uma maquiagem que navegava de forma fluída e andrógina entre os conceitos de gênero, uma grande inovação para os anos 1970. A construção da personagem intergalática inspira até hoje inúmeros artistas que emulam o rock-star em performances e vídeo clipes, consolidando Ziggy Stardust como um marco iconográfico na cultura pop com sua maquiagem cintilante e o inconfundível cabelo mullet laranja.

RuPaul
RuPaul. Foto Instagram @rupaulofficial

10 . RUPAUL

É impossível listar personagens que mudaram o jogo para a comunidade LGBTQIAPN+ e não citar RuPaul Charles. A primeira “supermodel of the world” transformou a forma com que o mundo consome a arte drag no mundo todo. Em centenas de edições do seu reality show, RuPaul’s Drag Race, em dezenas de países, ela foi responsável pela ascensão da carreira de inúmeros jovens queer. Muitas das queens que já passaram pelo programa, como Trixie Mattel, Kim Chi e Bob The Drag Queen, inclusive acabaram entrando no mundo da maquiagem criando suas marcas independentes. 

Para além de seu programa histórico, que lhe garantiu 8 vitórias como Melhor Apresentador nos Emmy Awards, a queen RuPaul fez história ao estrelar a iniciativa Viva Glam, projeto da MAC que visa arrecadar fundos para a conscientização sobre HIV/AIDS, como primeira garota propaganda em 1994.

Da forma com que consumimos conteúdo a maneira com que usamos contorno, a população LGBTQIAPN+ delinea muitos dos comportamentos e tendências no mundo da beleza. Já dizia o ícone de Sex and The City, Samantha Jones, “First come the gays, then the girls, then the industry” (em tradução livre: primeiro vêm as gays, depois as garotas e então a indústria) – reafirmando o pioneirismo queer quando o assunto é cultura. Para você, qual é um talento da comunidade mudando essa indústria hoje?

{Fotos: Reprodução Instagram, Lester Cohen/ Getty Images, Paulo Kawal / Acervo IMS}

Comentários

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One reply on “10 nomes LGBTQIAPN+ que mudaram o jogo no mundo da beleza”

Ameeeei essa matéria! Conteúdo muito bem curado, cheio de informação importante, principalmente para o mês do orgulho!

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