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4 curiosidades de beleza de Elsa Schiaparelli

14/11/24
4 curiosidades de beleza de Elsa Schiaparelli

O documentário “O Álbum Privado de Elsa Schiaparelli” estreia neste final de semana no Festival da Biblioteca Mário de Andrade, que acontece de 15 a 17 de novembro, em São Paulo. O filme revela como a icônica costureira italiana transformou a moda francesa com seu estilo surrealista. Mas você sabia que, além de inovar nas passarelas, Schiaparelli também levou sua criatividade e espírito livre para o universo da beleza? Antonia Petta, curadora de moda da Mário de Andrade, que se debruçou sobre a história da estilista para a produção do documentário, contou ao Dia de Beauté quatro histórias curiosas que ilustram a relação de “Schiap” com a beleza.

O documentário “O Álbum Privado de Elsa Schiaparelli”
O documentário “O Álbum Privado de Elsa Schiaparelli”

Cabelo e chapéu eram a obsessão da estilista 

No livro que inspira o documentário, “Elsa Schiaparelli’s Private Album”, a autora (e neta da estilista) Marisa Schiaparelli Berenson revela a paixão da avó por cabelos e, especialmente, por chapéus. Para Elsa, o cabelo precisava estar sempre impecável e controlado, preso por turbantes, redes ou lenços, e decorado com pentes cheios de pedrarias, penas e lantejoulas. Seu primeiro chapéu de destaque foi o “Madcap”, um gorro de malha que podia ser moldado de diferentes maneiras. Esse foi apenas o início de uma longa trajetória de Schiaparelli com chapéus marcantes.

Constelação no rosto

“Schiap nasceu com sardas no rosto, e seu tio, Giovanni Schiaparelli, um astrônomo famoso na época — aliás, foi ele quem descobriu as crateras de Marte! — costumava dizer que o conjunto das sardinhas dela formava o desenho da constelação da Ursa Maior. É uma história bonitinha que diz muito sobre como Schiap vinha de uma família com um olhar livre para o mundo ao redor”, conta Antonia.

O molde do corpo de Mae West

“Houve uma época em que Schiap começou a criar figurinos para Hollywood, vestindo estrelas como Mae West, que estava no auge de sua fama e não podia ir a Paris para provar as peças. Então, a estilista encontrou uma solução genial: enviaram alguém a Los Angeles para fazer um molde de gesso do corpo da atriz, que foi despachado para Paris. Foi com essa silhueta que Schiaparelli confeccionou diversas roupas”, diz a curadora. Sabe o que isso tem a ver com beleza? Esse molde inspirou o frasco do emblemático perfume da maison, o “Shocking”, lançado em 1937 — um dos primeiros a popularizar o formato de silhueta feminina que hoje é tão comum em embalagens de fragrâncias.

Perfume Shocking

Que de mim venham flores 

Antonia se lembrou de outra história, esta bastante poética, sobre Schiap: “A autobiografia de Elsa Schiaparelli, “Shocking Life”, tem trechos em que entendemos que a imaginação de Schiap toma conta e trechos que são mais factuais — tudo amalgamado de um jeito que não conseguimos dizer o que é invenção e o que é fato. Nesse livro, há uma passagem em que ela conta que sua infância não foi fácil: ouvia muitas críticas sobre sua aparência e cresceu ouvindo o quanto não era bonita. Foi então que, ainda criança, teve a ideia de fazer flores brotarem de dentro dela. Ela colocou sementes na boca e nos ouvidos, achando que com o tempo as flores nasceriam. O resultado foi um quase sufocamento — a mãe precisou chamar um médico, e ela passou muito mal. É uma história que mostra que a relação dela com a autoestima não era nada saudável nesse início de vida. No documentário, vemos que, de certa forma, essa questão permaneceu com ela ao longo da vida.”

 

{Imagens do livro “Elsa Schiaparelli’s Private Album” (Double-Barrelled Books) cortesia da autora Marisa Schiaparelli Berenson, Arroser, CC0, via Wikimedia Commons e reprodução Instagram @schiaparelli}

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