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Por que você deve fugir da força de vontade

17/01/23

Toddy Lemos é uma treinadora apaixonada por desenvolver pessoas e se desenvolver

Chega dezembro e ficamos cheios de planos de tudo que queremos fazer diferente no ano seguinte. Até que uns dias depois do Réveillon percebemos que nada mudou e continuamos sendo as mesmas pessoas de antes.

Aquela certeza de que este será o melhor ano das nossas vidas cai por terra. A esperança e a motivação desaparecem mais rápido que os fogos de artifício. Mas por quê? 

Eu tenho algumas teorias sobre isso.

Quem aqui já tentou começar uma dieta? Parar de fumar? Terminar com aquele boy lixo? O que faltou pra você conseguir? Aposto que foi força de vontade, né?

Entendo força como algo que tenho que fazer contra alguma coisa. Pra levantar um peso na academia tenho que fazer força, pra abrir uma janela emperrada ou para tirar a criança do chão durante um chilique também. Todos estes exemplos têm um fim. Em algum momento vou acabar o treino, a janela vai abrir – ou quebrar de vez – e a criança vai se acalmar.

Então, se quero fazer uma mudança na minha vida na base da força, automaticamente entendo que aquilo também deve acabar. Nosso cérebro quer sempre economizar energia e escolher o caminho mais fácil, o que exige menos força.

Alguém que é magro não come sobremesa todos os dias porque não sente falta do doce. Uma pessoa que não fuma não precisa de força de vontade para não fumar porque nem passa pela cabeça dela acender um cigarro. E quem se acha merecedor de um relacionamento saudável não se preocupa em terminar com o boy lixo porque não aceita nem um primeiro encontro com um cara desses.

Entende onde quero chegar?

Onde está faltando força de vontade? Este vai ser seu sinal de que talvez você esteja tentando forçar um hábito novo em uma identidade antiga. 

Eu tomo remédio para dormir. Há uns 4 anos comecei a ter insônia e quando me falam que remédio vicia eu respondo: “prefiro ser viciada em dormir que em não dormir”. E quando me perguntam por que tomo remédio digo que é porque tenho insônia. Ou seja, já assumi essa identidade. E agora, anos depois, ainda não consegui me livrar disso porque mudei o jeito como eu me vejo. Troquei a identidade de ser alguém que dorme normalmente para ser alguém que tem insônia.

Para deixar o remédio preciso deixar esta identidade que criei. E, por outro lado, para conquistar o que quero neste novo ano também. Quando me torno a pessoa que quero ser não tenho que me preocupar com a força de vontade porque aquilo vai ser natural pra mim, fluido, sem esforço. 

Pense nisso. Onde está faltando força de vontade? Este vai ser seu sinal de que talvez você esteja tentando forçar um hábito novo em uma identidade antiga. 

E não precisa esperar mais 12 meses para traçar novos planos. Feche os olhos, respire fundo e se pergunte: quem eu quero ser? Como quero me sentir? Como me vejo hoje e como quero me ver amanhã? E observe como as mudanças começam a acontecer naturalmente, sem força nem vontade.

Toddy Lemos é uma treinadora apaixonada por desenvolver pessoas e se desenvolver! Metida a psicóloga e sempre questionando sobre a vida, conseguiu deixar para trás a identidade de inferior que tinha desde pequena, conseguindo materializar autoconfiança entre outras coisas. Em seu site, ela fala sobre como fazer para mudar sua identidade. 

{Fotos: Cottonbro Studio / Pexels}

Comentários

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One reply on “Por que você deve fugir da força de vontade”

Sensacional a forma de ver hábitos e essa questão da identidade que assumimos. Amei!

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