Segundo um levantamento do site Business of Fashion, Tom Ford merece muito do crédito na criação de uma categoria de batom aspiracional. Em 2010, a marca estreou na beleza com um batom que custava quase US$ 50, o dobro do preço médio de um batom de prestígio (na época, um da Nars saía por US$ 26). A chegada da novidade disparou uma reação em cadeia, dando ao resto da indústria permissão para elevar suas categorias de batom, subindo a padrão do que se considera luxo dentro do segmento de maquiagem – e que tem ganho os holofotes, chamando a atenção de muita gente. De acordo com o BoF, na Selfridges, as vendas de batons que custam a partir de £ 31 (cerca de R$ 180) aumentaram 35% entre 2019 e 2022.

É fácil afirmar que quem compra um batom super premium não está fazendo isso só pela cor que o produto deixa nos lábios, mas também pela embalagem. Ao contrário de perfume ou de um rímel, o batom é um dos poucos itens de maquiagem que a maioria das pessoas carrega fora de casa. 

Quem compra um batom Hermès, recebe o produto em uma das desejadas caixas laranjas da maison – as mesmas usadas para abrigar suas famosas bolsas e lenços – completa com um dust bag de lona para proteção. Quem compra um batom ou lip balm da Carolina Herrera pode escolher a estampa da tampa, os acessórios que podem ser pendurados nele e, quando acabar, trocar apenas o refil. Em março, Dries Van Noten fez barulho ao estrear sua linha de beleza – o primeiro grande lançamento da marca depois que ela foi adquirida pelo grupo espanhol Puig -, com batons (também refiláveis!) envoltos em estojos de metal de dois tons, com estampas contrastantes inspiradas nas principais coleções de moda do designer belga. Batons feitos para serem vistos por inteiro, em casa ou fora dela.