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“Erotic Blueprint”: teste da série do Goop discute o que desperta prazer no sexo

24/03/22

A atriz Gwyneth Paltrow levou sua plataforma de bem-estar Goop para outro patamar ao se lançar no Netflix com “The Goop Lab”, série na qual ela e sua equipe exploram drogas psicodélicas, manipulação de energias, mediunidade e outras terapias alternativas (e polêmicas!). Agora chegou a vez de falar sobre sexo: lançada recentemente, “Sex, Love & Goop” é a segunda série documental do site em parceria com a plataforma de streaming. 

Na atração, você acompanha cinco casais reais, de diferentes orientações sexuais, em uma jornada para explorar diferentes maneiras de melhorar suas vidas sexuais. No entanto, não espere um universo explícito, repleto de cenas ousadas e apetrechos quentes – a série de Gwyneth trata o sexo de forma didática, experimental e com muita leveza e naturalidade. 

Logo nos primeiros capítulos, um teste que define como você é na cama é proposto para os participantes. O tal do “Erotic Blueprint” (que você pode fazer aqui em versão reduzida) é um método criado pela sexóloga Jaiya, que inclusive participa da série. Repleto de autoconhecimento, o resultado ressalta o que desperta prazer em cada um e pode informar cinco tipos de perfil: energético, sensual, sexual, safado ou metamorfo. 

O que é o quê?

Pessoas sensíveis, que são estimuladas pela influência da energia da situação sexual, possuem o perfil energético. Elas podem apreciar a boa e recomendada preliminar, podendo até atingir o orgasmo sem nem serem tocadas. 

O sensual se excita a partir do aproveitamento dos sentidos corporais, como sons, texturas, cheiros e sabores.

 Já as pessoas com o perfil sexual se excitam a partir do ato sexual em si e do físico por trás dele, principalmente com o toque nas genitais e a penetração. 

O safado é configurado por pessoas que são estimuladas por brinquedos mais ousados e até práticas de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). 

Com uma mistura dos estímulos, o metamorfo é o jeito daqueles que podem assim adaptar sua forma de sentir prazer.

O resultado do teste mostra qual desses perfis é o predominante em você, e a porcentagem de influência que os outros tipos possuem na sua personalidade, pois, segundo Jaiya, somos uma mistura de todos eles em diferentes proporções. Afinal de contas, quando o assunto é sexualidade, não faz sentido em pleno século 21 colocar ninguém em uma caixinha só. 

O teste apresentado na série “Sex, Love & Goop” abre um importante diálogo sobre a relação entre sexo e autoconhecimento.

Resultado 100% válido? 

Ana Canosa, psicóloga clínica, terapeuta e educadora sexual, explica que apesar de abrir um importante diálogo, esse método não é um teste academicamente validado. Para quem quer aprofundar no assunto, ela recomenda a terapia sexual tradicional, conhecida também como Foco sensorial I e II, feita no ambiente do casal, não no consultório. “Buscamos fazer um perfil de outras maneiras e sem nomeação. É um caminho de aprendizado do que se gosta mais ou menos, com experimentação de coisas diferentes a partir do interesse da pessoa e do parceiro”, pondera. 

Assim como na série, durante a terapia é usada a técnica de estimular o corpo com massagens e toques. “Fazemos o reconhecimento de pontos eróticos no corpo dos parceiros e vemos que tipo de estímulo é mais interessante para eles. Chamo isso de mapa erótico. Em um segundo momento, fazemos o mapa genital, que consiste em fazer vários estímulos nos genitais, como sexo oral, masturbação e introdução de sex toys”, revela.

Logo em seguida, há uma pesquisa de fantasias sexuais. “Temos um ‘cardápio sexual’, com uma lista de filmes interessantes e podcasts eróticos para que as pessoas percebam o que as estimula – se é a personagem, o ator, a prática sexual, se é o contexto. Essa é uma maneira de reconhecer qual cenário erótico mais excitante para cada um.”

Dessa forma, o casal vai entendendo o que gosta e o que não gosta. “É um modo de falar sobre sexo com o parceiro, porque muita gente tem vergonha de comentar o que gosta, tem medo de ser mal interpretado, acha que vai deixar de ser amada. O processo da terapia sexual é legal porque ambos acabam se autorizando para fazer comentários”, destaca.

Ana comenta que acrescentaria o perfil romântico ao teste que a série retrata. “É aquela pessoa que gosta e necessita muito de palavras de amor durante o sexo, o olhar no olho, não só o contexto, mas o sexo romântico.”

"Sex, Love & Goop" (Foto: Divulgação)

Outras questões abordadas por Gwyneth

Além do teste em questão, a série aborda outros temas como orgasmos energéticos (formigamentos que se expandem), sexo na terceira idade, casal com diferenças sexuais, insegurança com o corpo e constelação familiar. Por tratar de diversas vertentes que são parte do mesmo tema, com certeza você vai se identificar com algo. 

Coloque na lista

Já assistiu “Sex, Love & Goop” e ficou com gostinho de quero mais?  A série “A Indústra da Cura” possui um episódio interessante sobre sexo tântrico. “Explicando”, que explora temas variados, criou uma temporada apenas sobre sexo, com capítulos sobre fantasias sexuais, fertilidade, contraceptivos e parto. Já em “Christiane Amanpour: Amor e Sexo pelo Mundo”, a jornalista da CNN visita seis grandes cidades para desvendar como são as relações sexuais em diversas partes do mundo. Todas as dicas estão disponíveis no Netflix.

Baárbara Martinez é jornalista, apaixonada por tudo que envolve muuuito brilho, skincare, botas e festivais de música.

{Fotos: Angela Roma e cottonbro / Pexels e Divulgação Netflix}

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