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O corpo fala. Mas será que nós ouvimos?

19/01/22

Nosso corpo possui diversas maneiras de conversar com a gente, mas nem sempre sabemos – ou paramos para ouvir. A maioria de nós cresceu tão apartada do próprio corpo que muitos desses sinais, quando não são ignorados, acabam sendo rejeitados por completo. 

O corpo humano (em especial o feminino) é quase um paradoxo: de um lado, representa o desconhecido, fruto da natureza, cheio de cheiros, sons, fluidos e flutuações misteriosas, algo completamente estranho e imprevisível. Por outro lado, esse corpo também é capaz de produzir a razão e funciona como uma orquestra perfeita de ritmos e funções biológicas, quase como uma máquina. 

Nessa dualidade de sentidos, fica bem fácil se perder – ou ignorar – nos sinais que o corpo nos manda o tempo todo. Mas a boa notícia é que podemos promover a conexão dessas duas forças paradoxais a partir de ferramentas relativamente simples e acessíveis: a informação e a autopercepção. 

E para embarcar nessa importante missão de autoconhecimento, elencamos as três áreas chave do organismo em que as manifestações do corpo se apresentam da maneira mais clara. São elas: o intestino, os diferentes tipos de muco vaginal e o ciclo menstrual. 

Seu corpo se comunica com você o tempo todo – que tal aprender a falar sua língua?

1. Intestino

Dizem que nós somos aquilo que comemos, o que é verdade, mas essa conexão não está ligada apenas aos alimentos e ao ato de comer, e sim a todo o processo que faz parte da digestão. O que você come afeta a flora intestinal, que afeta o seu intestino como um todo, que afeta TUDO – da libido à saúde mental, passando por pele, peso e muito mais. 

Essa espécie de protagonismo do intestino em nossas funções internas se deve principalmente à ação dos microorganismos que moram ali, um conjunto de bactérias, vírus, fungos e outros micróbios que são conhecidos coletivamente como microbioma. Enquanto nós fornecemos a eles os nutrientes que precisam para crescer, eles nos ajudam a digerir alimentos complexos, sintetizar vitaminas e também trabalham na defesa contra micróbios que podem causar doenças. 

Os problemas aparecem quando essa relação fica um pouco desequilibrada. A microbiota intestinal normal pode ser perturbada por fatores externos, como uma infecção ou o uso de antibióticos. Além disso, alterações no estilo de vida, como uma mudança prolongada nos hábitos alimentares, pode levar a alterações permanentes na microbiota intestinal. É por isso que é tão comum sofrer algum tipo de mal estar em épocas cheias de viagens e de mudanças na rotina. 

O eixo cérebro-intestino

Depois do cérebro, o intestino é o órgão que abriga a maior quantidade de neurotransmissores do nosso organismo. A serotonina, neurotransmissor considerado antidepressivo por sua associação à sensação de bem-estar, é produzida principalmente no intestino.

O intestino também está fisicamente conectado ao cérebro por meio de milhões de nervos e neurônios. Ou seja, o microbioma intestinal também pode afetar a saúde do cérebro por controlar as mensagens que são transmitidas por meio desses nervos. Se você sente dor de barriga sempre que fica nervosa, é justamente porque seu cérebro e seu intestino possuem uma linha diretíssima para comunicar esses estresses.

Todos esses exemplos mostram a importância de um olhar integrado para a saúde. Na prática, isso pode significar um cuidado reforçado com o intestino – e, consequentemente, com a alimentação – principalmente em períodos de rotina caótica, mas também uma mudança de perspectiva sobre outros desconfortos que você pode sentir.

Recapitulando: alterações no sono, alimentação e fuso-horário deixam o intestino bastante confuso, e essa confusão se manifesta de diferentes formas no organismo, bem longe de se resumir à tão conhecida dor de barriga. Espinhas, dificuldade para dormir, ganho de peso e irritabilidade são alguns dos sintomas mais comuns de que algo não vai bem aí dentro. 

Já tinha parado para pensar que a “culpa” de várias questões pode ser do intestino? Vale a pena puxar essa conversa da próxima vez que visitar seu médico de confiança.

2. Muco vaginal

Mais polêmico do que falar sobre intestino, só mesmo pensar nas secreções produzidas pela vagina (lembrando que vagina – órgão genital interno – é diferente de vulva – que é a parte externa da genital feminina). Motivo de vergonha para muitas pessoas, o muco vaginal em boa parte dos casos é um indicador de boa saúde e também um recurso do organismo para manter a higiene local. 

A vagina foi projetada para se manter limpa com a ajuda dessas secreções, como se fosse um forninho autolimpante. Por isso, tentar interromper ou mascarar esse processo – com duchas, lenços perfumados ou protetores diários – pode acabar causando um efeito oposto ao desejado, desequilibrando a flora local (sim, a vagina também possui seu próprio microbioma!), o que prejudica a proteção natural. 

Caso você apresente uma secreção transparente, sem nenhum odor, sem coceira e sem ardência, você está diante da chamada secreção fisiológica, que ocorre graças aos estímulos hormonais normais que fazem parte do funcionamento do organismo de quem está em idade reprodutiva. E isso não tem problema nenhum! 

Mas, se você perceber a presença de uma secreção de cor diferente (cinza, verde, amarela, branca), que cause coceira, desconforto, ou que tenha um odor estranho, aí sim estamos diante do chamado corrimento patológico – as infecções vaginais. Estes, sim, merecem avaliação médica e tratamento, mas não precisam ser vistos como grandes inimigos ou tabu, e sim como aliados do seu corpo para alertar que algo não vai bem.

3. Ciclo menstrual

Quando o assunto é ciclo menstrual, os sinais enviados pelo corpo parecem bem óbvios – afinal, poucas mensagens são tão evidentes como a do sangue na calcinha. Mas a conexão entre o ciclo menstrual e os sinais físicos do organismo não param por aí (uma das nossas médicas, a Dra. Juliana Sperandio, bateu um papo com a Vic sobre as diferentes fases do ciclo e seus sintomas, assista aqui).

Cada fase do ciclo possui os seus sinais típicos: além do sangramento, o período menstrual é marcado por sintomas como cólica, inchaço, mamas sensíveis, cansaço, dor de cabeça e na lombar – tudo isso graças à baixa dos níveis de estrógeno e progesterona do período. Cabelo e pele mais oleosos também são comuns nesses dias. 

Outro sinal marcante (e muito pouco comentado) da fase menstrual é aquele enviado pelo intestino: se você percebeu que seu intestino fica mais solto nesse período, saiba que isso é absolutamente normal e comum.

No outro extremo do ciclo temos o período fértil, marcado pela ovulação – o momento em que o óvulo é liberado e está prontinho esperando a fecundação. Os níveis de estrogênio estão lá no alto e todo o corpo está se preparando para gerar uma vida. 

Isso significa muita energia, muita libido, e até um muco vaginal diferenciado, para facilitar a vida dos espermatozóides. Por volta do décimo quarto dia do ciclo (para ciclos de 28 dias), o muco se torna mais abundante, bem elástico e escorregadio, similar à consistência da clara de ovo. Já o cabelo e a pele apresentam menos oleosidade, o que para muitas pessoas costuma ser sinônimo de pele e cabelo dos sonhos.

Cada corpo é único, e nem sempre os sinais enviados pelo seu organismo vão ser iguais aos da média. Isso não significa que essas mensagens devem ser ignoradas: a grande beleza está em entender que seu corpo fala uma língua que é só sua, e praticá-la pode representar um passo importante rumo a uma relação mais plena consigo mesma.

Mas lembre-se: o diálogo com o corpo não deve servir para você se autodiagnosticar, e sim entender melhor o que está acontecendo aí dentro, principalmente para saber a hora de procurar ajuda. Se você leu esse post e identificou algum sintoma estranho ou anormal (principalmente se for relacionado a corrimentos, alterações no ciclo menstrual ou cólicas intensas), fale com a gente!

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{Fotos: reprodução Oya Care}

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