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Sem torcer o nariz! A pele brilhante é o maior sinônimo de liberdade do momento

09/11/21

“O que é beleza para você?” foi uma das perguntas mais difíceis que recebi quando passei a trabalhar nesse universo cheio de nuances. Isso porque vivemos numa época em que “beleza” pode significar muita coisa e só depende da gente, mas nem sempre foi assim. O livro de Kari Molvar, A nova beleza – um olhar moderno para a beleza, a cultura e a moda, lançado no início deste ano pela Gestalten, reafirma o quanto passamos décadas e mais décadas tentando nos encaixar a um padrão inalcançável. E pior: negando nossa própria identidade. 

“Nos anos 1900, existia uma pressão para se adequar às expectativas de beleza da sociedade. Na década de 50, por exemplo, a higiene da mulher passou a ser medida a partir da quantidade de pelos que ela tinha no corpo, quanto menos, melhor. Falando de maquiagem, até pouco tempo o aceitável era camuflar o que acreditávamos ser imperfeições a ponto de criamos outra fisionomia”, explica a autora. Com as discussões e desconstruções de millenials e, principalmente, da geração Z, esses conceitos estão mudando. “O futuro da beleza gira em torno da democracia: trazer todo mundo para a conversa, quebrar barreiras até então impostas, esquecer os estereótipos e criar novos espaços.” Isso diz muito, também, sobre a quebra de preconceitos em relação à pele oleosa, sempre muito evitada e considerada feia. 

Assim como a B-Beauty (rotina de skincare pensada para a pele da brasileira) ganhou a atenção de mulheres que não se achavam em “25 mil passos”, e até quebrou o conceito de “pele perfeita” com o crescimento do movimento skin positivity, o lançamento da Heró Beauté, do maquiador Helder Rodrigues, é uma mostra concreta deste novo caminho na maquiagem. O único produto da label é um balm, mas um balm multifuncional nas cores acerola e marrom. “Nascemos livres com esse conceito de que tudo é possível e trabalhamos muito a praticidade. Somos feitos para todes e acreditamos que nada é mais libertador que poder usar tudo que quiser, onde quiser”, diz Helder. Seu produto, por ser cremoso, de certa forma, acaba com a hegemonia da pele mate que vivemos durante muitos anos no Brasil, mesmo sendo um país tropical. 

A beauty artist Brigitte Calegari, também conhecida como uma das peles mais brilhantes da internet (se vocês me permitem o trocadilho), acredita que usar e abusar da pele glow chega a ser sinônimo de liberdade. “Em um primeiro momento, as pessoas se incomodaram, principalmente quem não era do meio da beleza acabava não entendendo de fato o objetivo da pele glow, pois associavam a uma pele oleosa, independente de onde esse brilho estivesse no rosto. Mas eu acho que sim, estamos desconstruindo isso e foi um passo muito grande. Mas algumas pessoas ainda sentem um incomodo”, explica. Ela sente que as marcas têm papel fundamental nessa mudança de pensamento. “Marcas mais populares, como por exemplo a Avon, estão trazendo essa tendência para o público final. Ela lançou uma base sérum nesses últimos meses com efeito glow, eu acho que isso vai daqui em diante ser cada vez mais normal.”

Ter essa atenção com o skincare, aliás, é a principal dica dos profissionais na hora de planejar uma pele com efeito molhado. “São os cuidados que fazem você ter sucesso numa pele glow. Não adianta você ter uma pele extremamente seca e tacar produtos. Você vai conseguir o efeito, mas ele é mais pesado e funcionaria melhor para uma foto, editorial. Para a vida real, o negócio é acertar no produto específico para o seu tipo de pele e abusar das texturas cremosas porque elas trazem essa naturalidade e brilho”, explica Helder. Quem tem a cútis oleosa também pode seguir alguns cuidados. 

“É importante que a gente faça uma manutenção dessa pele glow ao longo do dia, como por exemplo: você pode usar aqueles lencinhos próprios para retirar a oleosidade da pele ou até mesmo um lenço de papel, pressionando sob a pele, sem esfregar, com bastante cuidado, e ele vai retirar só o excesso de oleosidade e deixar a make intacta. Logo na finalização da maquiagem, é legal você já aplicar um pó translúcido em pontos onde você sente que a sua pele tem uma produção de óleo em excesso, digamos assim. Pode ser na testa, no queixo, nas laterais do nariz, enfim, isso vai de pele para pele”, ensina Brigitte. 

“O negócio é acertar no produto específico para o seu tipo de pele e abusar das texturas cremosas porque elas trazem essa naturalidade e brilho”

DICAS PRÉ-MAQUIAGEM

“A preparação da pele, antes mesmo da base, é muito importante. Tem até alguns truques que você pode colocar em prática para mantê-la sempre viçosa. Para quem tem uma pele mais sequinha, não precisa deixar essa luminosidade vir só através do iluminador. Você pode misturar um iluminador líquido com o hidratante facial, para fazer um ‘pré glow’. Ou pode usar uma base com acabamento luminoso, depois o iluminador. O segredo é construir o glow desde a preparação da pele”, diz Brigitte. 

Ela ressalta um último aviso bem importante: cuidado com o pó. “Não adianta nada você fazer um pré glow, usar uma base com acabamento luminoso e então aplicar pó em todo rosto – isso tira todo o efeito que foi construído ao longo da maquiagem. A ideia é usar o pó opaco e translúcido apenas nos pontos específicos onde quer deixar mate”, finaliza.

 

Luanda Vieira é jornalista de moda, beleza, e bem-estar. Após passar pelos principais veículos femininos do país como editora dos temas anteriores, a paulistana também atua como influenciadora digital e consultora de diversidade, equidade e inclusão.

{Fotos: MirageC/ Getty Images e reprodução Instagram @leahbaines_mua na @rossana_latallada}

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