Vira e mexe alguma leitora pergunta se x ou y coisa ainda é in, ou “tá usando”, e o campeão da dúvida há de ser o gloss. Pobre gloss, que teve seus dias (meses e anos) de glória e de repente foi decretado morto pelas revistas, passarelas, pelos experts, só não foi mesmo pelas fiéis usuárias. E aí, ó céus, se não “tá mais usando”, como elas podem usar?
Eu particularmente desencanei do gloss mais ou menos na época em que comecei a namorar, porque achava meio esquisito dar beijo de gloss, e comecei a amar batons mais mate, na verdade os mesmos que usava antes só que sem o gloss por cima. Isso faz quase três anos, o que é bastante tempo (que o diga minha pobre coleção de gloss abandonada e cedida para as amigas). Pra mim foi um mix de uma casualidade que coincidiu com cansaço de um certo visual (no caso o da boca hiper melada).
Não tenho dúvidas de que vou voltar a querer usar gloss, porque a moda é assim mesmo. A gente cansa da coisa, aí pára e muda, aí cansa do que mudou e volta pro de antes. Mas o ponto é: e quem nunca cansou do gloss?
Na minha cabeça, isso não deveria ser um dilema. Quando falamos de beleza e de moda, hoje em dia, graças aos deuses fashionistas, não existe mais uma só imagem, uma só estética, uma só tendência. Existem, claro, direções, coisas que estão mais fortes numa época, e é bem provável que a gente continue usando o nome “tendência” só porque a gente aaaama essa palavra, até porque é legal saber o que tem de “novo”, se é rosa ou coral, se é longo ou curto, mas você, leitora, tem que interiorizar o seguinte: não é só porque alguém decidiu que não vai mais usar gloss que você tem que jogar todos os seus no lixo.
Isso é muito sério. Até porque você pode sair um dia com gloss e outro dia sem. Pode usar boca apagada num dia e boca vermelha farol no outro. Não é porque você fica mais bonita de boca apagada e olho escuro que vai deixar de usar o batom vermelho, simplesmente porque é DIVERTIDO, é diferente, senão sinceramente que grande tédio seria a vida! Acho que quem gosta de gloss, de cabelo comprido (já que é o curto que “tá usando”) e de todas as outras coisas que não são a tendência deveriam mais é usar e fazer o que estão afim, sem pensar tanto.
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